Era uma vez um menino chamado Afonso que vivia numa pequena aldeia chamada Preconceito. Lá, viviam várias crianças que todos os dias iam à escola e brincavam na rua.
Os meninos gostavam de coisas de meninos, como brincar com carrinhos, jogar à bola e subir às árvores. As meninas gostavam de fazer coisas de meninas: brincar com bonecas, saltar à corda, pintar as unhas e colocar brilhantes nos cabelos.
Em Preconceito, todas as crianças pareciam felizes e conformadas com as suas tarefas, realizando-as com um sorriso no rosto. No entanto, o Afonso não partilhava dessa alegria e não compreendia o porquê de não poder brincar como as meninas.
Afonso adorava saltar à corda, de pentear e maquilhar bonecas, de roupas vistosas e coloridas, de usar purpurinas e de ajudar a sua mãe nas lides domésticas, mas o seu pai não permitia tamanhas escolhas.
- O que estás aí a fazer na cozinha? - perguntou o pai.
- Estou ajudar a mãe. - respondeu o Afonso.
-Pára imediatamente! Tu és um rapaz e por isso não fazes essas
tarefas. Vem comigo, mas antes disso troca essa roupa ... pareces um palhaço. - ordenou o pai.
Afonso ficava muito triste com o pai, mas não podia chorar pois, caso contrário seria chamado de "florzinha de estufa". O que o consolava era o abraço silencioso da sua mãe.
Todas as crianças ajudavam os seus pais. As raparigas auxiliavam as mães nos trabalhos domésticos e os rapazes iam cortar lenha e arrumá-la no barracão... faziam coisas de homem.
Na verdade, não era só o pai que criticava o Afonso, já que na escola, quando ele se recusava a jogar à bola e ia saltar à corda ou pedia às meninas para lhe pintarem as unhas, todos o gozavam e insultavam.
Afonso ficava muito triste e escondia-se num canto a chorar, pois não entendia tanta crueldade. Ele via-se obrigado a ser alguém que não era... ele não gostava de fazer apenas coisas de rapazes.
A tristeza não podia vencer o Afonso , por isso ele decidiu criar um mundo especial, onde pudesse fazer as suas escolhas sem críticas ou dedos apontados. Assim, ele criou o " Mundo Cor- de - Rosa".
A porta do seu quarto era o portal de acesso . Lá, no mundo "Cor-de-Rosa", Afonso podia fazer tudo o que gostava e ser feliz, muito feliz.
As purpurinas flutuavam, como se fossem nuvens, as bonecas ganhavam vida e brincavam com Afonso, gargalhando.
As cores vivas e divertidas predominavam e as lantejoulas eram bonitas papoilas que decoravam o espaço.
Afonso sentia-se radiante no mundo que criou, mas sabia que não era real. O que estava lá fora, era muito diferente e até cruel.
Os anos foram passando e Afonso tornou-se um jovem adulto, que ansiava sair de Preconceito e encontrar o mundo "Cor-de-rosa".
A sua mãe, que sempre viu tristeza no olhar de Afonso, decidiu ajudá-lo, dando-lhe dinheiro e preparando-lhe um belo farnel.
Despediram-se com um abraço silencioso, mas cheio de amor e compreensão.
Afonso continuava à procura do mundo " Cor- de- rosa" e sabe que um dia o encontrará.
Autores Digitais
Alexandre Monteiro Artur Rodrigues
Daniel Maia Diana Soares
Filipa Simões Guilherme Cunha
Regina Malveiro Sara Resende
Yara Oliveira
Era uma vez um menino chamado Afonso que vivia numa pequena aldeia chamada Preconceito. Lá, viviam várias crianças que todos os dias iam à escola e brincavam na rua.
Os meninos gostavam de coisas de meninos, como brincar com carrinhos, jogar à bola e subir às árvores. As meninas gostavam de fazer coisas de meninas: brincar com bonecas, saltar à corda, pintar as unhas e colocar brilhantes nos cabelos.
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