Decorria o dia de 24 de abril de 2024, a família estava reunida a almoçar e a ver as notícias. Na televisão, falava-se das festividades sobre os 50 anos do 25 de abril, o que chamou a atenção do pequeno António de 9 anos e que questionou:
− Avô, o que foi isso do 25 de abril?
O avô, apanhado de surpresa pela pergunta do António, responde:
− Sabes, foi o dia da Liberdade… Naquela altura não podíamos fazer o que se faz hoje.
Entretanto o pai do António interveio e disse:
− O avô, por vezes conta uma história que se passou com ele e que mostra a realidade daquela altura. Conta lá ao António a história de como quase foste preso pela polícia.
− Certo dia, estava o avô com uns amigos na rua a falar, chega um senhor muito alto com uma gabardine vestida e perguntou o que estávamos a fazer. Eu respondi que estávamos a falar sobre o que se ouvia na rádio, e o senhor começou a fazer muitas perguntas. Nós já estávamos a desconfiar de que algo de estranho se estava a passar, despedimo-nos e os meus amigos foram embora, no entanto o senhor da gabardina agarrou-me pelo braço e chamou dois colegas dele que estavam no outro lado da rua.
− A princípio não entendi o que estava a acontecer, mas um grupo de pessoas começou a juntar-se e a perceber que algo estava errado com aqueles homens e eu. As pessoas começaram a gritar que era a PIDE e eles teimavam em levar-me contra a minha vontade. Sabes, a PIDE era a polícia do governo daquela altura e que prendia as pessoas de quem desconfiavam que diziam mal do governo ou do Salazar. − contou o avô.
− Quem era o Salazar? − perguntou o neto.
− O Salazar era o ditador que mandava no nosso país nessa altura. Sabes, um ditador é uma pessoa que tem todo o poder do país e governa tudo à sua maneira e que manda prender quem for contra as ideias dele. Respondeu o avô.
− E depois avô? Os homens conseguiram levar-te? − questionou o António.
− Não, porque o grupo de pessoas que se tinha juntado, ajudaram a libertar-me e afugentaram os homens. No entanto fiquei com bastante medo de que pudessem um dia voltar. − explicou o avô.
− Mas só porque estavas a falar com os teus amigos na rua queriam levar-te? Questionava o António, confuso.
− Sim, antes do 25 de abril não se podia fazer muitas coisas que hoje são simples como por exemplo não se podia andar de bicicleta nem ter isqueiros sem a devida licença, era proibido votar, não se podia viajar livremente, não podíamos ler nem ouvir música livremente… estás a ver, não era fácil aquele tempo… Mas depois veio a revolução do 25 de abril de 1974 e as pessoas finalmente ficaram livres. − enumerou o avô.
− Ah! Por isso festejam a liberdade. − concluiu o pequeno António.
Depois da breve explicação sobre os tempos difíceis antes da Revolução do 25 de abril a família continuou o almoço seguindo atentamente as festividades que se iriam realizar pelo país e noticiadas pela televisão.
João Cataluna nº5 8ºA
Decorria o dia de 24 de abril de 2024, a família estava reunida a almoçar e a ver as notícias. Na televisão, falava-se das festividades sobre os 50 anos do 25 de abril, o que chamou a atenção do pequeno António de 9 anos e que questionou:
− Avô, o que foi isso do 25 de abril?
O avô, apanhado de surpresa pela pergunta do António, responde:
− Sabes, foi o dia da Liberdade… Naquela altura não podíamos fazer o que se faz hoje.
Entretanto o pai do António interveio e disse:
− O avô, por vezes conta uma história que se passou com ele e que mostra a realidade daquela altura. Conta lá ao António a história de como quase foste preso pela polícia.
− Certo dia, estava o avô com uns amigos na rua a falar, chega um senhor muito alto com uma gabardine vestida e perguntou o que estávamos a fazer. Eu respondi que estávamos a falar sobre o que se ouvia na rádio, e o senhor começou a fazer muitas perguntas. Nós já estávamos a desconfiar de que algo de estranho se estava a passar, despedimo-nos e os meus amigos foram embora, no entanto o senhor da gabardina agarrou-me pelo braço e chamou dois colegas dele que estavam no outro lado da rua.
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