
Este livro foi criado no âmbito do projeto eTwinning "Abada de histórias" que decorreu no ano letivo 2019 / 2020.

Sou um menino.
Não sou um menino igual a todos os outros, sou especial, pois tenho um amigo diferente - um dinossauro!
Somos os melhores amigos e somos iguais um ao outro.
Há quem ache um disparate, um menino e um dinossauro serem amigos e ainda por cima iguais, como pode isso ser?
A verdade é que somos iguais mesmo!

Adoramos ficar sentados debaixo do imbondeiro mais largo da savana angolana e esperar que caia uma múcua madura para fazer um sumo delicioso.
E quando nos dá para dançar kizomba é uma alegria!
Um dia estávamos nós a ver o sol a pôr-se ao longe, por cima do mar da praia de Cabo Ledo, quando o meu amigo dinossauro me disse:
-Sabes, se nos pusermos num barco e se formos por aquele mar adiante, vamos encontrar lugares mágicos e conhecer pessoas maravilhosas, como nós: DIFERENTES e IGUAIS!
E foi assim que começou a nossa viagem, eu e um dinossauro num barco à procura de aventuras.

Mal tínhamos começado a navegar quando começou uma grande tempestade. O barco bateu numa rocha e afundou-se. Eu e o meu amigo dinossauro ficámos a flutuar durante dois dias. Quando abrimos os olhinhos vimos que estávamos numa ilha pequena, mas muito bonita. Perguntei a um habitante como se chamava aquela ilha e ele respondeu-me:
- Esta é a ilha da Madeira, menino. Conhecida pela pérola do Atlântico.
Fiquei uns dias na Madeira com o meu amigo dinossauro para construirmos um barco. Carregámos o nosso barco com muitas bananas e muitas anonas e remámos até Lisboa.





Em Lisboa, embarcámos numa avioneta para descermos em Castelo Branco, terra onde habita a nossa amiga águia bicéfala que vive nos bordados de Castelo Branco.
A nossa amiga águia bicéfala disse-nos que tinha uma surpresa à nossa espera no castelo.
Subimos para as costas da águia bicéfala e eu segurei-me ao pescoço direito e o meu amigo dinossauro ao pescoço esquerdo da nossa nova amiga águia bicéfala.
Ela voou até a uma catapulta que se encontrava no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, porque estava muito pesada e precisava de um empurrão.

O dinossauro deitou fogo à corda da catapulta e fomos lançados para dentro das muralhas do castelo.
- Águia bicéfala, esta é a tua surpresa? - perguntei eu.
- Não, vou levar-vos a um precioso tesouro - respondeu-me a águia.
Voámos até à torre de menagem e a águia bicéfala disse-nos que estávamos a ver o grande tesouro, a paisagem de Castelo Branco.

Nós ficámos deslumbrados com o que vimos e perguntámos à águia bicéfala se ela nos podia levar a visitar alguns locais. A velha águia, que já vivia há séculos nos bordados de Castelo Branco disse-nos:
- Não me levem a mal, mas eu estou um pouco cansada. Já sou idosa. Vocês podem apanhar um autocarro junto à estação dos comboios ou também podem optar por viajar num táxi.
Nós decidimos viajar de autocarro e fomos consultar o horário. Escolhemos sair de Castelo Branco na manhã do dia seguinte para visitarmos uma aldeia de xisto chamada Sarzedas.

Durante a viagem atravessámos o rio Ocreza e vimos muitos sobreiros e oliveiras.
Quando chegámos a Sarzedas passeámos bastante. Vimos o pelourinho, a capela da Misericórdia, a igreja Matriz, o campanário, a estrada romana e bebemos água fresca na Fonte da Vila.
Foi então que nos cruzámos com um grupo de crianças que saiam da escola e logo aproveitámos para falar com elas. As crianças eram felizes, muito alegres e ofereceram-nos uma bandeira com o brasão da freguesia onde estavam desenhadas quatro torres.

- O que significam? - perguntámos.
- Quer dizer que Sarzedas já foi uma vila sede de concelho com direito a Carta de Foral em 1212 - responderam as crianças em coro.
Agradecemos o presente inesperado e fomos para o autocarro para seguirmos viagem até à bela cidade da Figueira da Foz.

Dirigimo-nos ao posto de turismo, que se situa em frente à Torre do Relógio, símbolo da cidade, mandado construir em 1942, tendo sido aberto ao público em 1947.
No posto turismo, disseram-nos que nesse momento os alunos do 3.º B das Abadias, estavam a fazer uma visita guiada à “Rota da Arte Nova” por cima da esplanada do edifício onde nos encontrávamos e que podíamos acompanhá-los.
Eu e o meu amigo dinossauro fomos ter com eles e observámos os edifícios. Verificámos que muitos deles tinham azulejos com motivos marinhos.



Nesses azulejos também havia gaivotas. De repente uma saiu do azulejo e voou até ao forte de Santa Catarina. Nós (o dinossauro, eu e o 3.º B) seguimos a gaivota até ao forte. Subimos até ao topo e vimos a grande extensão de areal da praia da Figueira da Foz, o maior areal de Portugal. Dali observámos a foz do rio Mondego (o maior rio português) e na outra margem, as salinas.
Eu e o dinossauro convidámos o 3.º B a acompanhar-nos numa visita às salinas. Fomos até à paragem entrámos no autocarro e comprámos o bilhete. No caminho passámos na ponte sobre o rio Mondego.

Chegámos às salinas, vimos pirâmides brancas de sal e encontrámos um marnoto (senhor que trabalha nas salinas) que nos explicou como funcionam as salinas. Vimos ao longe dois flamingos gigantes. Aproximámo-nos para tirar uma foto e percebemos que afinal eram estátuas de flamingos, para mostrar que nas salinas há muitos flamingos.
Ainda tivemos tempo de provar salicórnia (planta selvagem que nasce à beira das salinas e sabe a sal) que se usa nas saladas. Para recordação os alunos do 3.º B ofereceram-nos um pacote de flor de sal.



Agradecemos o presente e seguimos de autocarro para a cidade de Elvas que fica no Alentejo e é uma cidade Património Mundial desde 2012. Eu e o dinossauro chegámos mesmo no dia 14 de janeiro que é o dia da cidade (é feriado). Havia muitos meninos na rua a assistir às comemorações do dia da cidade.
Estava um frio de rachar (como se diz no Alentejo) e um nevoeiro suavezinho! Um grupo de meninos e meninas contou-nos o que aconteceu nesse dia no ano 1659.

“Reza a história que em outubro de 1658 os soldados espanhóis e o seu comandante D. Luís de Haro começaram a acampar nas matas à volta da cidade, pois queriam conquistar a cidade. Nesse tempo a cidade que está rodeada de muralhas tinha três portas de madeira muito forte que eram fechadas durante a noite ou quando havia perigo. Os habitantes da cidade fecharam as portas. Lá fora ficaram só alguns soldados comandados pelo general André de Albuquerque Ribafria. Os espanhóis por ali andaram a rondar até janeiro. Nessa altura os habitantes da cidade já não tinham comida e estavam a ficar doentes com a peste.

O general André de Albuquerque Ribafria pediu reforços e vieram mais soldados de Estremoz. Na madrugada do dia 14 de janeiro de 1659 estava nevoeiro cerrado (muito espesso), os soldados portugueses aproveitaram, atacaram e venceram a batalha”.
Eu e o meu amigo dinossauro ficámos a saber que foi assim que a cidade de Elvas continuou a pertencer ao reino de Portugal e que esta batalha foi muito importante...
Eu e o meu amigo dinossauro fomos convidados pelos meninos a visitar alguns monumentos desta cidade...


Os alunos do 3º AB da escola de Alcáçova acompanharam-nos. A escola fica no centro da cidade, portanto fomos a pé! Visitámos o pelourinho, passámos por baixo de uma porta que pertenceu à primeira cintura de muralhas, que dizem ter sido construídas pelos árabes no século X para visitarmos o castelo que é muito antigo, reza a história que teve origem num castro galo-celta e depois foi também habitado pelos romanos!
Da esplanada do castelo vimos: a parte este da cidade de Elvas, as suas muralhas, que são as maiores fortificações abaluartadas do mundo, alguns quartéis,











o grande forte da Graça, o Padrão da batalha das Linhas de Elvas, o forte de Santa Luzia, e ao longe avistámos a cidade de Badajoz em Espanha e o aqueduto da Amoreira que transportava a água para o interior da cidade de Elvas.
Regressámos ao centro da cidade para visitar o Cine-teatro, a praça da República, a igreja da Sé de Elvas, o museu de Arte Contemporânea e o museu Militar de Elvas que é dos mais importantes do país!
Os nossos amigos encaminharam-nos para as portas de São Vicente para nos encontrarmos com os alunos da escola da Boa-Fé.


Os alunos da escola da Boa-Fé mostraram-nos a sua escola, uma parte da última cintura das muralhas de Elvas que fica junto à escola, as portas de São Vicente, uma parte do castelo visto do exterior e ao longe avistámos o imponente forte da Graça.
Na cantina da escola ofereceram-nos um almoço regional. A ementa desse almoço foi uma açorda de ovo, um prato de bacalhau dourado, um doce de sericaia e água fresca da fonte da Prata que fica junto à escola.
De bicicleta andámos poucos quilómetros até à escola das Fontainhas.


Na escola das Fontainhas os alunos mostraram-nos a estação do caminho de ferro onde termina a linha do Leste e começa a linha que vai para Espanha. A linha de caminho de ferro é muito antiga pois foi construída por volta de 1864 no século XIX.
Nesta escola brincámos no parque com os nossos amigos.
Depois partíamos de comboio rumo a Cheles. Levávamos como recordação um frasco de ameixas em calda e um frasco de azeitonas em conserva.

Mas quando eu e o dinossauro fomos comprar os bilhetes um homem disse-nos que não havia linha de caminho de ferro nem para Cheles nem para nenhum outro lugar de Espanha. Os comboios na Extremadura espanhola não são o melhor meio de transporte para as pessoas se deslocarem... Mas esse é outro assunto.
Então eu disse ao meu amigo dinossauro:
- Vou procurar no Google qual é a melhor maneira de chegar até Cheles. Acho que podíamos ir a pé até Ponte Ajuda porque é um caminho muito lindo e depois já vemos...



E assim é que fizemos. Ponte Ajuda é uma ponte que fica entre as vilas de Olivença e Elvas e em tempos ajudou portugueses e espanhóis a cruzar a fronteira natural do rio Guadiana. Foi mandada construir pelo rei português D. Manuel I e parcialmente destruída em 1709 na Guerra Espanhola de Sucesión e já não foi reconstruída.



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