Para que as nossas crianças possam crescer em autonomia, responsabilidade e capazes de fazer escolhas próprias e responsáveis, devemos, na escola e na família, incentivá-las e criar condições para que isso ocorra.
Neste ano extraordinário da pandemia, fomos forçados a, ainda mais, assim fazer! Este livro é um dos possíveis retratos que o ano produziu. Traduz o trabalho, o comprometimento e a vontade de concretizar aprendizagens e desenvolver a autonomia no 3.º ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca. É um retrato onde, bem focados, alunos, professores, funcionários e encarregados de educação sorriem com esperança no futuro!
Prefácio

Estão todos de parabéns porque são, com este trabalho, mais um exemplo da concretização do nosso projeto educativo.
Aos leitores, lanço o desafio de folhear o livro, procurar os trabalhos que mais lhes digam e façam parte da aventura do conhecimento que, cada ano, mesmo no mais estranho de todos eles, os atores escolares protagonizam!
Ponte da Barca, 22 de junho de 2020 (o ano da pandemia).
Carlos Alberto Louro
Como alguém muito chegado a nós dizia:
“Vivemos um tempo estranho!”
É verdade, neste tempo estranho que nos obrigou a repensar as nossas vidas, os nossos métodos de ensino, a nossa forma de conviver, de ensinar, de aprender, de comunicar, de olhar à distância, chegou também a hora de refletir, de apreciar e de agrupar e compilar o resultado de todas estas vivências!
Assim, para que mais tarde possam recordar, sim, porque “Recordar é Viver!”, todos juntos vamos “criar” este e-book a que daremos o nome:
Introdução
“RETALHOS DE MIM!” – significa que, na impossibilidade de reunir todos os vossos trabalhos realizados ao longo do ano, mas principalmente, durante este tempo estranho, apenas pegaremos em algumas partes, para mim mais importantes e que traduzem o “Melhor de vós!”
Idalina Gândara
Professora Titular do 3.ºA
Junho 2020
Chegou ao fim mais um ano escolar.
Queríamos ter ficado mais um bocadinho
para acabar de dar aqueles abraços
e libertar mais gargalhadas,
de jogar mais um jogo de bola.
Queríamos ter ficado mais um bocadinho
a sentir a nossa escola.
Para o ano vamos marcar presença
com mais vontade que antes.
Aos alunos do 3ºA
Vamos mostrar que somos capazes
de fazer coisas gigantes.
Temos ainda muitas aventuras
para imaginar e para viver
e dentro desta escola
não vamos deixar de as escrever.
Juntos continuaremos nesta caminhada...
Até para o ano!
Junho 2020
Professora Raquel Costa
Autoria e Ilustração:
Alunos e Professores do 3.º A
Escola Básica Diogo Bernardes
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca
junho de 2020
Retalhos de Mim!!!
Índice
Um dia confuso - uma história coletiva ........................................ 11
Uma aventura no tempo - Ana Sofia e Sophia ......................... 23
Uma aventura no mar - Francisco e Rúben ................................ 30
A menina da floresta - Ana Laura .................................................... 35
A Galinha Galinhola - Ana Margarida .................................................. 38
Três palavras preferidas ..................................................................... 40
Alícia Ferreira ............................................................................................. 41
Guilherme Sousa ...................................................................................... 42
Maria ............................................................................................................... 43
ABC da Mãe ................................................................................................ 44
Ariana ............................................................................................................ 45
Bruno ............................................................................................................ 48
Diogo .............................................................................................................. 51
Leandro ......................................................................................................... 54
Rafael ............................................................................................................ 57
O Melhor de Mim ......................................................................................... 60
Bárbara ......................................................................................................... 61
Rodrigo Gonçalves ...................................................................................... 63
Carolina ........................................................................................................... 65
Filipa ................................................................................................................ 67
Guilherme Rangel ......................................................................................... 70
João Rodrigues .......................................................................................... 71
João Tiago ................................................................................................... 73
Martim ............................................................................................................ 74
Tiago ............................................................................................................... 75
Rodrigo Pereira .......................................................................................... 77
Um dia confuso
Uma história coletiva
(a partir de imagens)
Num belo dia de outono, numa pequena aldeia em África, andava o Lucas, um menino de nove anos, a brincar descalço à beira do rio.
Estava tão entretido com a brincadeira que nem reparou numa pedra preta e afiada que estava no chão mesmo à sua frente.
- Aaiii! Pisei uma pedra! – gritou o Lucas.
Não muito longe dali, a rã Green e o elefante Blue estavam a brincar aos saltos e às escondidas. Ouviram os gritos do Lucas e assustaram-se.
A Green perguntou:
-- --- O que foi isto? Parece alguém a gritar.
- Eu também ouvi e acho que é o Lucas – disse o Blue.
A rã Green queria ser a primeira a chegar e ajudar o menino mas, com aquela aflição saltou muito alto e foi parar às nuvens. O impacto foi tão forte que a nuvem começou a chorar e provocou uma inundação.
A chuva chegou ao formigueiro e as formigas tiveram de fugir à pressa. A formiga Pipa saiu tão apressada que nem viu o pintainho Yellow e sem querer, deu-lhe uma valente picada no seu rabinho.
- Auuu! Mãezinha, acho que fui picado! – gritou o Yellow.
A senhora White que era uma mãe muito galinha, aproximou-se da Pipa e ralhou-lhe:
- Por que é que picaste o meu filhinho? Tu não sabes que isso é feio?
- Desculpe, mas a culpa não é minha – explicou a formiga.
Um pouco mais tarde, a Pipa encontrou a nuvem e pediu-lhe para ir chover para outro lado. A nuvem ficou um pouco triste, porque já se tinha começado a habituar àquele lugar. Então, decidiu ir conversar com a rã para tentar resolver o problema.
A conversa não deu grande resultado, porque a rã também achava que não tinha culpa. O melhor era pedir conselhos ao seu amigo Blue que era um elefante muito sábio e costumava resolver os problemas de toda a gente.
O Blue pensou muito bem na situação e chegou à conclusão
de que aqueles gritos do Lucas deveriam estar relacionados com tudo o que se passou. Rapidamente, dirigiram-se para a casa do menino e contaram-lhe tudo.
O Lucas ficou muito surpreso com tudo o que ouviu e concluiu:
- Eu já sei o que aconteceu! Foi por causa daquela pedra preta que eu pisei. Toda agente da minha aldeia sabe que isso dá azar.
Juntos decidiram atirar a pedra ao rio e acabar de uma vez por todas com aquela confusão. Preparados?
- Um, dois, três
“SPLASH!”
FIM
GRUPO DO 3.º ANO
UMA AVENTURA NO TEMPO
Parecia um dia normal como tantos outros. O Cientista Franklin foi para o seu trabalho. Ele andava a desenvolver uma máquina do tempo. Estava a trabalhar neste projeto há vários meses e tinha esperança de que fosse desta vez que iria conseguir realizar o seu sonho.
Nesse dia, tinha saído de casa sem tomar o pequeno-almoço. Estava a apetecer-lhe um café e resolveu parar pelo caminho para comprar um.
Cheio de pressa e ansioso por trabalhar na sua máquina, ia bebendo enquanto afinava algumas peças. Mas de repente, sem querer, deixou cair um pingo de café quente em cima da máquina. As luzes apagaram-se todas, aparecendo mesmo à sua frente um grande portal que o levou para o futuro.
Foi transportado para o mesmo lugar onde estava, mas no futuro. A primeira pessoa que encontrou foi ele próprio, mas mais velho, claro.
´- Estou mesmo velho! – exclamou.
Muito preocupado e sem saber em que ano estava, decidiu falar com o seu “eu” mais velho.
Foi imediatamente reconhecido por ele.
- Meu deus! O que estás aqui a fazer? Conseguiste encontrar-me! Tens de voltar imediatamente. Se não fores para o passado nas próximas vinte e quatro horas, nós deixamos de existir.
O jovem Franklin respondeu um pouco embasbacado:
- O quê! Estás a brincar! Temos de arranjar uma forma de me levar de volta.
O velho Franklin disse-lhe que havia sim uma forma, mas tinha de estar muito atento e seguir todas as instruções rigorosamente.
- Primeiro, precisamos de falar com o meu amigo cientista Josefino que sabe muito sobre estas coisas.
Foram logo de seguida para a casa do suposto amigo.
Quando chegaram, tudo parecia estar em ruinas, uma desgraça.
Mas isso era só da parte de fora, porque, por dentro a casa era muito acolhedora. Josefino ficou muito contente por ver o seu velho amigo, mas quando viu o jovem Franklin, ficou alarmado e confuso. Depois de observar bem os dois e de ouvir toda a história, concluiu:
- Já entendi o que se passa. Vieste parar aqui por acidente. Nós aqui no futuro já estamos habituados a estas situações. Mas, infelizmente, há um problema.
As nossas máquinas do tempo foram apreendidas e estão numa fortaleza vigiada por muitos guardas.
- Então precisamos de equipamento para rebentar com as portas! – exclamou o jovem Franklin.
Eles estavam cheios de medo pelo que lhes poderia acontecer, mas ao mesmo tempo confiantes. Meteram-se a caminho e chegaram ao local, após algumas horas. Mas para surpresa de todos, não havia nenhuma fortaleza e a vegetação estava muito seca.
O jovem Franklin reparou que havia um arbusto com aspeto diferente, pois tinha as folhas muito verdes e disse aos outros.
- Isto é muito estranho! Tenho de ver aquele arbusto mais de perto.
Conforme dizia isto, aproximava-se cada vez mais do arbusto. Sem querer, tropeçou numa raiz seca e empurrou-o com o peso do seu corpo. Toda a gente ficou impressionada com a descoberta de uma passagem debaixo do arbusto. Empurraram uma porta pesadíssima, desceram uns degraus subterrâneos e finalmente ali estava ela, a fortaleza.
O problema era passar pelos guardas que afinal eram robôs com pistolas laser.
Os guardas viram-nos e começaram a disparar, mas os cientistas usaram uma arma muito poderosa inventada pelo Franklin mais velho e conseguiram derrotá-los.
Finalmente, subiram as escadas que davam acesso às máquinas do tempo e conseguiram transportar o jovem Franklin para o passado. Tudo voltou ao normal e ele até ficou famoso por ter inventado uma máquina do tempo.
Ana Sofia Cerqueira, nº 4
Sophia Vieira, nº 23
3.º Prémio do Concurso: "Uma aventura... Literária, 2020"
(modalidade de texto original)
Nas últimas férias de verão dois adolescentes estavam aborrecidos em casa e fartos de ver televisão. O João teve uma ideia e sugeriu:
- Vamos até à praia e aproveitamos para explorar as maravilhas do fundo do mar?
- Boa! – exclamou o Martim – Estou ansioso por experimentar o meu fato de mergulho novo.
Uma aventura no mar
Vestiram os fatos e partiram. A certa altura, João reparou que o Martim andava de uma forma estranha.
- Ó Martim, tu vestiste o teu fato ao contrário! Ah! Ah! Ah!
- Eh pá, nem reparei! – respondeu o Martim, todo atrapalhado, enquanto arranjava o fato.
Uns minutos mais tarde, chegaram à praia e pousaram as suas coisas. Estava um tempo fantástico. O sol brilhava intensamente e havia muita gente na areia. Mergulharam perto de uns rochedos que ficavam um pouco afastados da praia.
O Martim seguia à frente, porque conhecia bem aquela zona e já tinha alguma experiência como mergulhador. O João só queria apreciar a paisagem e observava tudo com muita atenção.
De repente, sentiram uma estranha corrente marítima que os afastava para longe da costa. De mãos dadas agarraram-se a umas rochas e entraram numa pequena gruta. Lá dentro fizeram uma descoberta surpreendente, era um tesouro escondido. Sem hesitar decidiram levá-lo com eles.
A muito custo, conseguiram regressar a terra, embora estivessem ainda mais afastados do local onde tinham mergulhado. Era um pequeno cais onde estavam ancorados alguns barcos de pescadores locais. Avistaram um rapazinho muito mal vestido e com um ar triste e pouco cuidado. Decidiram dar-lhe algum dinheiro e o menino agradeceu.
Estavam tão entretidos que nem se aperceberam que alguém os observava de longe.
Um Ninja das Trevas que também andava à procura do tesouro, descobriu-os e atacou-os com tudo o que ele sabia sobre karaté. O Martim pegou na catana do Ninja e espetou-a na terra, segurou-a com a mão e deu-lhe um super pontapé. O Ninja ficou tão furioso que lhe lançou uma bola de fogo, mas não acertou nele e pegou fogo a tudo à sua volta.
Ninja disse com voz grossa que queria o tesouro e transformou-se em super mega Ninja. O João e o Martim aperceberam-se de que ele estava cada vez mais forte, pois deu um salto fortíssimo e o chão abriu-se.
Enquanto o Martim lutava, o João tentava arranjar uma saída. Nesse momento, começaram a aproximar-se alguns homens e o Ninja sentiu-se mais intimidado. O Martim aproveitou para lhe aplicar um golpe fatal. O Ninja sentiu-se derrotado, espetou a sua espada no chão e desapareceu com toda a sua honra.
O João e o Martim nem queriam acreditar no que lhes tinha acontecido. Decidiram atirar o tesouro de volta ao mar e nunca mais falar sobre o assunto.
Francisco Pereira, nº 11
Rúben Varajão, nº 23
Menção Honrosa no Concurso:
"Uma aventura... Literária, 2020"
modalidade de texto original).
A menina da floresta
Há muitos, muitos anos, nascia uma menina, filha de uma família humilde, numa terra longínqua. Essa menina foi crescendo num lugar muito pobre, algures no meio de uma floresta, mas onde todos os vizinhos eram muito unidos.
Certo dia, já a menina andava na escola, quando a sua mãe ficou muito doente.
Como tal, teve de ir trabalhar para o campo e em casa, para ajudar os seus pais e irmãos.
Desde então, essa menina andava sempre muito triste, sentindo falta de brincar com os seus amigos e de aprender, pois adorava a escola.
Numa manhã, gelada, de inverno, quando se dirigia para o campo, encontrou um gatinho muito lindo e muito meigo, que se tornou no seu melhor amigo. Seguia-a para todo lado, brincavam um com o outro, criando uma grande cumplicidade.
A menina jamais imaginaria que aquele simples gatinho, na verdade, era uma fada com grandes poderes que a levariam a encontrar uma planta mágica que faria com que a sua mãe melhorasse, a cada minuto, como se de um conto de fadas se tratasse.
E assim, viveram felizes para sempre.
Ana Laura Rocha, nº 2
A galinha Galinhola
Esta galinha é muito preguiçosa e maldisposta.
Tem corpo de galinha e cabeça de galo.
Todos os dias se chateia com o galo, porque este acorda muito cedo e ela quer dormir.
Quando a galinha vai pôr os ovos, o galo fica todo furioso, porque tem que esperar que o ovo saia.
Todos os dias há chatices; a galinha diz ao galo:
- Estou farta das tuas cantorias!
Então, o galo zangado responde:
- Vai lá pôr os teus ovos e deixa-me em pa
Ana Margarida Armada, nº3
Três palavras preferidas:
Felicidade: - Sou feliz todos os dias, quando brinco com a minha mana, com a minha mãe e com os meus primos. Quando fiz anos, a minha mãe deu-me uns ténis e eu fiquei feliz.
Sorriso - quando vejo os meus tios da serra da Estrela, a minha felicidade deixa-me sorridente. As brincadeiras com o meu priminho fazem-me sorrir.
Bondade - Sou bondosa com os meus avós, quando lhes faço os recados.
Alícia Ferreira, nº 1
Família - significa os meus pais, irmão, avós, primos... com quem me sinto bem. Eles dão-me amor!
Brincar - Faz-me lembrar os meus amigos, com quem gosto de estar.
Felicidade - Viver com a família: pai e mãe.
Estar em casa do pai e em casa da mãe.
Ir à praia com a família.
Guilherme Sousa, nº 13
Felicidade
Amigos
Família
Maria Veloso, nº 17
ABC da Mãe
A B C da Mãe
Amo-te muito, mãe!
Bonita como uma flor!
Carinhosa todos os dias
Dás-me sempre o teu amor!
Ela é a melhor do mundo,
Feliz e divertida.
Glamorosa e guerreira!
Hoje vou ajudá-la a fazer a comida!
Imaginativa e criativa
Joia rara, ela é!
Kiss me all the time!
Linda e sempre vaidosa
Mãe galinha,
Não desiste fácil.
Orgulho-me dela!
Preguiçosa? Às vezes!
Quanto eu gosto dela!
Rainha sem coroa!
Sorriso contagiante!
Tanto amor para dar!
Uma grande mãe!
Vou amar-te para sempre!
We are familly
Xadrez jogamos?...
You are my best friend.
Zela por mim!!!
Ariana amorim, nº5
Amorosa,
Bonita e bela!
Calma... às vezes!
Deliciosos os bolos da minha mãe.
Ela é bonita!
Família linda, a nossa.
Grande mãe!
ABC da Mãe
Amo-te muito, mãe!
Hoje é o teu dia...
Impossível não gostar de ti!
Jeitosa e muito simpática
kiss (beijo para minha mãe)
Linda que ela é
Maior mãe do mundo.
Não te vou abandonar
Olha que beleza a dela!
Palmas para ti.
Querida mãe, gosto muito de ti!
Rica de amor, rica de simpatia
Sempre do meu lado
Tudo o que ela me diz é para meu bem.
Um tesouro de mãe.
Vaidosa que ela é
we are family; o meu
xarope quando eu estou doente.
you are the best mom
Zela por mim!!!
Bruno Rocha, nº 7
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3.º A
Escola Básica Diogo Bernardes
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca

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