This book was created and published on StoryJumper™
©2014 StoryJumper, Inc. All rights reserved.
Publish your own children's book:
www.storyjumper.com
Traineira
Vi ao longe no mar,
um pedaço de madeira
a flutuar
e chamei-lhe traineira.
Ah! Barquito
extraordinário!
dá para ver o mar,
como no oceanário.
Embarcação,
engraçada!
para uns um ganha-pão,
para outros apenas nada.
Traineira, traineirinha,
Companheira de viagens
guia-me pelo mar
mostra-me paisagens.
Madeira flutuante,
mostra-me caminhos
guia-me pelo mar
ate aos países vizinhos.
Traineira, traineirinha,
ajuda-me a descobrir
mostra-me o mundo
para a minha mente abrir.
Traineira misteriosa,
ajuda-me a perceber,
por que é que nós na vida,
temos de sofrer.
http://makerfairelisbon.com/en/
Será que sim?
Da Terra ao céu
Erguem-se os dilemas
Sufocam toda a gente
Cortam os esquemas.
Ontem não via nada
Bloqueada, zangada,
Rumo à fúria,
Ergui a minha pobre
espada.
Oh Deuses, que raiva!
Enviem respostas
Não consigo suportar
Isto que levo às costas.
Garras no ar
Mãos para matar, mas…
Antes de tudo,
Quero parar para pensar.
Um ponto de interrogação
Existiu na minha mente
Tirei-o do caminho,
Enterrei-o à minha frente.
Manter a calma é …
Algo complicado
Talvez seja melhor ponderar
Antes de levantar o machado.
Rio Sado
Rio Sado corres de sul para norte,
Mil espécies carregas,
Uma delas, o salmonete,
Que eu como com os meus colegas.
És o habitat de um golfinho,
Que hoje está em vias de extinção,
Mas que é muito fofinho.
Nasces na serra do caldeirão,
E em Setúbal vais desaguar,
Percorres um carreirão,
E tudo vens regar.
O meu rio Sado
Ó rio, que nasces no caldeirão,
Na linda serra algarvia
Corres do sul para o norte,
Desaguas na mais bela baía.
De ribeiro a rio
Gota a gota caudal aumenta,
Ofereces arroz, cedes sal
Teu peixe nos alimenta.
Segues o teu caminho sempre doce,
Vais seguindo tranquilo e sereno,
Cegonhas te acarinham,
Salgado ficas do estuário ao oceano.
Os roazes, no teu leito,
Saltam felizes e em paz
Abraçam Tróia, beijam Arrábida
És rio que beleza a Setúbal traz.
Eu Juro
Eu juro,
O sol sorri para mim,
As estrelas piscam,
O vento ri.
E eu choro.
A lua observa,
O mar espera,
As árvores abanam pacientemente.
E eu ainda choro.
Eu juro,
Eu consigo ouvir o teu riso,
Ate mesmo assim longe.
Eu juro,
Eu ainda me lembro do teu sorriso,
De há tanto tempo atras,
Mas acho que não sabes,
Que por detrás da lua observadora,
Eu choro, e choro
Por ti.
Quem incendiou o meu coração?
Dura mais a ira que a pureza,
Como as carmins e brancas rosas,
Que se quebram com a tristeza?
As melodias que outrora, harmoniosas,
Encheram a minha alma de alegria,
Não voltam nem que lhes implore!
Por isso, somente nos sonhos as ouvia.
Enchem-me, ambas as rosas, de desalento,
E é com isso que me contento
Por não ter poder sobre o meu sofrimento.
Assim, não tenho muitas escolhas;
Erguerei um monumento, não em vão,
A quem incendiou o meu coração.
Lágrimas de Gaia
Raios dourados do glorioso Sol
Lançando uma luz tão sangrenta
Agora os animais retiram-se para as
sombras
Fora do seu alcance
Ventos áridos sopram das montanhas
Dando voo às aves de rapina
Dia após dia vejo Éden a ser transformado
Por homem e máquina.
Quando o vento é lento
E o fogo é quente
O abutre espera pelo seu alimento
Todo este cenário horrendo
É o sacrifício da natureza.
Mas à humanidade não interessa
As salgadas lágrimas de Gaia
Escolhem viver da ignorância
E comprar a sua felicidade
Mas quando o verdadeiro custo
É o sangue e o suor
Falsificam-se tréguas
Está perdida a verdade.
No meio do inverno nuclear
O magnífico lobo Fenrir se irá
soltar
Os fogos da avareza queimarão os
fracos
Mas no fim tem de ser assim
E quando tudo terminar
Não iremos esquecer o vermelho
sobre o paraíso.
Gritei aquilo que não queriam escutar
Gritei aquilo que não queriam escutar
Clamam por verdade, tão hipocritamente
Escarro ao verdadeiro, osculo ao que mente
Pseudos cegos e surdos em todo lugar.
Almas da natureza fria habitando em corpos quentes
Com a mesma mão que cumprimentam, acusam
Seus egos exarcebados deles abusam
Mascaram sorrisos com seus perfeitos dentes.
Convencionam padrões e os seguem com destreza
Crucificam os diferentes com o seu âmago de avareza
Todavia, se fossem vistos pelo que são, tais videntes
Causariam mais repulsa que cadáveres pungentes.
São estas as vozes altivas da sociedade
Criaturas perfumadas para esconder a sua podridão
Homens que se afundam em medíocre realidade
Por julgar quem eles não são.
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Traineira
Vi ao longe no mar,
um pedaço de madeira
a flutuar
e chamei-lhe traineira.
Ah! Barquito
extraordinário!
dá para ver o mar,
como no oceanário.
Embarcação,
engraçada!
para uns um ganha-pão,
para outros apenas nada.
Traineira, traineirinha,
Companheira de viagens
guia-me pelo mar
mostra-me paisagens.
Madeira flutuante,
mostra-me caminhos
guia-me pelo mar
ate aos países vizinhos.
Traineira, traineirinha,
ajuda-me a descobrir
mostra-me o mundo
para a minha mente abrir.
Traineira misteriosa,
ajuda-me a perceber,
por que é que nós na vida,
temos de sofrer.
http://makerfairelisbon.com/en/
Será que sim?
Da Terra ao céu
Erguem-se os dilemas
Sufocam toda a gente
Cortam os esquemas.
Ontem não via nada
Bloqueada, zangada,
Rumo à fúria,
Ergui a minha pobre
espada.
Oh Deuses, que raiva!
Enviem respostas
Não consigo suportar
Isto que levo às costas.
Garras no ar
Mãos para matar, mas…
Antes de tudo,
Quero parar para pensar.
Um ponto de interrogação
Existiu na minha mente
Tirei-o do caminho,
Enterrei-o à minha frente.
Manter a calma é …
Algo complicado
Talvez seja melhor ponderar
Antes de levantar o machado.