Esta história foi escrita e ilustrada pelos alunos do 4º ano, das escolas básicas do Caldeiro, da Mata, de Glória, de São Domingos de Ana Loura e de Santa Vitória do Ameixial, do Agrupamento de Escolas de Estremoz.
O livro foi composto pela Professora Bibliotecária
Estremoz, julho de 2017
Era uma vez uma turma desinquieta na qual os alunos não se entendiam nada bem! Passavam o tempo a discutir e a fazerem constantemente queixas uns dos outros. Nesta turma, havia ainda meninos de várias etnias, o que causava também discórdias!
Os alunos foram ficando cada vez mais tristes e preocupados ao verem que o seu mau comportamento, deixava as professoras e as auxiliares muito desgostosas e magoadas. Então começaram a sentir-se culpados e responsáveis por esta situação.
Um dia, já cansados de tanto conflito, pensaram e se...
EB do Caldeiro
E se nós em vez de nos brigarmos nos intervalos, brincarmos todos juntos?
-Mas ao quê? -perguntaram alguns alunos.
-Vamos pensar responderam outros.
-Como temos muitas bolas -disse o Ivo -podemos jogar futebol, basquetebol e até ao mata.
-Boa ideia! – Concordaram todos de imediato.
No dia seguinte, as professoras e auxiliares nem queriam acreditar. A turma que anteriormente se portava tão mal, tinha agora um comportamento excelente.
Mas esta situação foi apenas temporária. Passados alguns dias voltou tudo ao mesmo: brigas, zangas, discussões...
(EB de S. Domingos de Ana Loura)
Um dia o Guilherme, um dos alunos da turma, magoou-se a sério, pois o Diogo empurrou-o quando ele estava no escorregaEle caiu e bateu com a cabeça numa pedra.
Foi então que todos os alunos mudaram de atitude: foram logo ajudar o Guilherme, chamaram a ambulância e ele foi para o Hospital de Évora.
Passados alguns dias, o Guilherme não regressava e todos sentiam a sua falta...Andavam tristes e preocupados, pois nada se sabia sobre o estado clínico do seu amiguinho
EB de Santa Vitória do Ameixial
Resolveram então fazer um pequeno vídeo com um pedido de desculpas do Diogo e dos outros colegas.
Mandaram também um livro com textos dos colegas em que cada um explicava as regras da escola.
O Guilherme até chorou quando recebeu mas... só não recebeu o texto do Diogo...
Alguns dias mais tarde o Guilherme regressou à escola e estranhou o silêncio... Alguma coisa estava diferente. Entrou na sala e nem queria acreditar no que estava a ver!
EB de Glória
Que surpresa! Aquela sala de aula estava diferente. Os alunos trabalhavam de forma autónoma: Uns pesquisavam no computador os continentes e os oceanos; outros faziam um trabalho de grupo sobre os países lusófonos; no cantinho das experiências, quatro meninos verificavam a eletricidade estática; outro grupo recortava as peças dos pentaminós e os restantes colegas do Guilherme, montavam um coelhinho da Páscoa, com materiais recicláveis.
Era uma animação ver aquela turma a trabalhar, sem atropelos, sem zangas, cumprindo as regras estabelecidas. Sentavam-se juntos, sem escolher os colegas. Já não viam diferenças entre eles. Eram amigos!
A professora estava orgulhosa pelo «crescimento» dos alunos.
Quando o Guilherme entrou, o Diogo abraçou-o e ele sentiu-se incluído naquela família.
A história dos dois amigos ultrapassou as diferenças entre todos!
(Escola Básica da Mata)